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quinta-feira, 10 de julho de 2014

#Voteembranco



               Particularmente, com sinceridade, não tenho mais fé alguma na política e não possuo qualquer afinidade com os atuais candidatos a Presidência do Brasil. Tenho isso sim, um grande respeito pela Marina da Silva, que injustamente foi impedida de concorrer, sob o pretexto de “falta de assinaturas suficientes para a criação do seu próprio segmento político", o Rede Sustentabilidade. A sua aparição nas próximas eleições, como candidata a vice de Eduardo Campos, não é o suficiente para direcionar o meu voto a ele. Não sinto, por esse e tantos outros motivos, motivação alguma para em outubro, cumprindo um papel de robô, apertar o botão de uma urna, acreditando nessa ou naquela ideia socialista, comunista ou neoliberal. E acho, indo um pouco mais além, que todas as pessoas aliadas a esse mesmo tipo de pensamento meu, que encontram-se também decepcionadas com essa história de partidos políticos, eleições, representantes legítimos do povo, deveriam ser respeitadas aqui e agora. Sugiro que sejamos, todos nós, dispensados dessa “festa da democracia” chamada VOTO OBRIGATÓRIO, já que nenhum presidenciável ou candidatos ao senado e Governo do Estado justificam o esforço de abandonarmos o aconchego de nossos lares, interrompendo momentos de lazer ou descanso, em pleno domingo, para demonstrar apoio à algum deles nas urnas.


              Me posicionei (vide postagem anterior) contra as manifestações agressivas em oposição a Copa do Mundo, pois, compartilhando a opinião do campeão do mundo e ex técnico da seleção brasileira, Dunga, não acho que o futebol deva ser considerado o grande culpado nessa hora. Pertencemos a um país de incontestável tradição nesse esporte e vejo nisso, motivo de orgulho e esperança em nossa capacidade. Somos, de fato, qualificados pra vencer e isso acontece quando demonstramos organização e planejamento tático. O talento, artigo raro, brota aos milhares por aqui e ele, todos sabem, é ingrediente chave para a vitória. Não vejo, assim sendo, motivos para desmerecermos ou desrespeitarmos as conquistas da nossa seleção canarinho e dos clubes brasileiros.
             Em linhas gerais, gostamos sim de futebol, sendo que alguns de nós o praticamos até hoje, pelas quadras ou campos de grama e chão batido espalhados pelo país. Essa não é uma realidade que vá se eliminar da noite para o dia, já que o Brasil construiu a sua história recente de mãos dadas com esse esporte. Não me soa autêntica a postura de nos envergonharmos de um tradicional evento futebolístico realizado, dessa vez, aqui tão próximo de nós. Me envergonho, isso sim, é de ser um eleitor forçado a votar. Esses governos atuais, apenas intitulam-se legítimos porque são amparados pelo “voto consciente” da maioria. Ora, somos obrigados a escolher alguém e isso, se examinarmos bem, não pode ser classificado como “a vontade do povo”. Deveríamos ter a opção de ir ou não às urnas, conforme as nossas vontades e motivações.
         Vejo, pois, no próximo processo eleitoral, uma real oportunidade para um protesto útil e inteligente. Sabemos que a vontade coletiva é capaz de feitos memoráveis, como os recentes clamores eclodidos das ruas, em junho do ano passado. Faço votos que saibamos fazer das próximas eleições uma página marcante em nossa democracia. Votemos em branco, já que somos obrigados e ameaçados com os rigores da legislação eleitoral caso não compareçamos ás nossas respectivas zonas de votações. Que possamos dar um recado consistente aos políticos que nos governam.
                   
                  Cesar S. Farias


                       Guerra!

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